A Fundação de Crédito Educativo (Fundacred) disse não ver impactos negativos do novo “Fies Social” do governo federal, anunciado na última sexta-feira (16).
O Ministério da Educação informou que o Fies Social poderá conceder 100% de financiamento a estudantes com renda familiar per capita de até meio salário-mínimo e inscritos no Cadastro Único a partir do segundo semestre de 2024, com previsão de beneficiar mais de 100 mil estudantes este ano.
De acordo com Nivio Delgado, presidente da Fundacred, que oferece crédito educativo para cobertura de até 75% da mensalidade, todos os incentivos à educação tendem a beneficiar os negócios da empresa.
“Em todas as oportunidades que o governo federal imprimiu maior ritmo na divulgação de que isso (financiamento) é uma possibilidade de acesso à educação, as instituições de ensino ficaram mais fortes, e em todas essas oportunidades a Fundacred também cresceu”, afirmou Delgado.
“Não vejo que vai nos afetar no sentido negativo, porque a gente tem um tamanho possível dentro das instituições de ensino, um tamanho possível também dentro do bolso das famílias, e a gente não trabalha com crédito de 100%”, disse, afirmando que a empresa poderia absorver parte da demanda daqueles que não se encaixam nos pré-requisitos para o Fies Social.
Também foi ressaltada a amplitude do mercado nesse setor, observando que apenas 25% dos jovens entre 18 e 24 anos têm acesso ao ensino superior, conforme levantamento do MEC, o que sugere um espaço significativo para aquisição de novos clientes.
Segundo Delgado, a medida do governo, na verdade, deve levar a um aumento na procura por crédito, o que tende a beneficiar a companhia de gestão de crédito educativo, que prevê crescimento de cerca de 30% este ano.
Fonte: CNN Brasil