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Ideb 2023: ensino médio ainda é o maior desafio da educação brasileira

Written by Redação | Aug 16, 2024 2:08:29 PM

O ensino médio segue muito atrás da meta estabelecida pelo Brasil para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) — que é de 5,2. O indicador que mede a trajetória escolar e a aprovação dos estudantes mostrou que, no último ano, o país alcançou a média nacional de 4,3, quase um ponto abaixo do esperado. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (14/8) pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Apesar do valor ainda ser baixo, a nota representa um aumento nacional do Ideb, que, em 2019 e 2021, estava estabelecido em 4,2. Isso significa que houve aumento no número de aprovados no ensino médio e um melhor desempenho em matemática e língua portuguesa, que são os critérios utilizados para calcular o índice. 

"Quando a gente criou o programa Pé-de-Meia, foi por esse motivo (melhorar o Ideb do EM). Vemos quantos jovens perdemos em 2023 no ensino médio brasileiro. Por isso, a estratégia do Pé-de-Meia, que garante exatamente frequência e aprovação. Vou lembrar sempre que 68 milhões de brasileiros, segundo o IBGE, não concluíram a educação básica. É um terço da população do Brasil", comentou o ministro da Educação, Camilo Santana, chamando a atenção para a alta evasão escolar, que ocorre justamente no ensino médio. 

Lançado este ano, o programa Pé-de-Meia garante depósitos mensais em dinheiro na conta do estudante, além de um bônus pela conclusão de cada ano escolar e outro pela participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A taxa de reprovação e abandono no ensino médio chega ao ápice no 1º ano, quando atinge 12% no ensino público. No ano seguinte, a mesma taxa continua alta (9,3%). 

Quanto às unidades da Federação, nenhuma conseguiu alcançar a meta estabelecida de 5,2 no Ideb. Os que chegaram mais perto foram Paraná (4,9), Goiás (4,8) e Distrito Federal (4,8). Em contraste, no pé da lista, estão Rondônia (3,5), Rio de Janeiro (3,7) e Rio Grande do Norte (3,7). 

Fonte: Correio Braziliense