O jornal Financial Times (FT) divulgou, na noite de domingo (19), seus rankings de Educação Executiva de 2024. Há dois rankings: um de cursos abertos e outro, de customizados.
No caso dos cursos abertos, há duas brasileiras na lista. A mais bem colocada é a Fundação Dom Cabral (FDC), empatada na quinta colocação com a Edhec Business School, além do Insper, na 31ª posição. Ao todo, constam 80 escolas do mundo na lista.
No caso dos cursos customizados, a Fundação Dom Cabral aparece na 10ª posição, o Insper, em 55º lugar, e a Fundação Getulio Vargas EAESP, em 81º lugar, dentre as 90 escolas selecionadas.
Para compor o ranking, o FT considera 80% dos resultados pela percepção de participantes e clientes sobre os programas, levando em consideração critérios como preparação do programa; formato do curso; corpo docente; métodos de ensino e materiais didáticos; novas competências e aprendizagem; acompanhamento; objetivos alcançados; custo-benefício; entre outros.
E os outros 20% do resultado são baseados em dados quantitativos que as escolas respondem, como crescimento em receita, participantes e programas internacionais, entregas de programas internacionais e diversidade do corpo docente.
Para serem classificadas pelo FT, as escolas de negócios devem ser reconhecidas por pelo menos uma das principais agências de acreditação: a AACSB (Association to Advance Collegiate Schools of Business) ou a EFMD (European Foundation for Management Development). Além disso, precisam ter reportado receitas anuais de pelo menos US$ 1 milhão geradas a partir dos seus programas personalizados ou livres.
Segundo o FT, as escolas de negócios francesas lideram a classificação de programas de educação executiva para 2024. Pela primeira vez desde 1999, o Insead - que também tem unidade em Singapura, lidera a tabela de cursos feitos sob medida, enquanto a tabela de cursos com inscrições livres é liderada pela HEC Paris, que caiu para o segundo lugar no ano passado.
Ao liderar a classificação personalizada, o Insead também ficou em primeiro lugar em métricas que incluem design do programa, materiais didáticos e objetivos alcançados pelos participantes – até que ponto eles cumpriram suas razões para fazer o curso.
"Este ranking surge em momento em que os formatos de ensino continuam evoluindo após o choque transformador da pandemia de Covid-19, que acelerou a mudança para modelos flexíveis, incluindo programas online e híbridos", diz o FT, em comunicado.
Por exemplo, de acordo com os dados do FT, que abrangem programas ministrados em 2023, a porcentagem de cursos personalizados oferecidos online pelas escolas participantes aumentou de 19% para 30% – apesar das expectativas de um maior foco em aulas presenciais após o pico da pandemia. Os programas híbridos permaneceram estáveis, em cerca de 22%.
Outras escolas europeias dominaram o topo da tabela de cursos personalizados, com a espanhola IESE em segundo, a suíça IMD em terceiro e a HEC Paris em quarto lugar.
A Duke Corporate Education é a única escola dos EUA entre as 15 primeiras. Os estudantes pesquisados para a classificação elogiaram o alinhamento da entrega de conteúdo inovador para gerentes seniores.
Globalmente, as escolas na França e na Alemanha destacam-se entre os cursos de educação executiva, representando conjuntamente 16% dos programas personalizados e 20% dos cursos livres, diz o FT, que cita ainda a presença de escolas na Índia, nos EUA e no Canadá no ranking. Os cursos oferecidos pelas instituições destes cinco países representam 35% de todos os programas geridos pelas escolas que participaram no processo de avaliação do ranking.
Fonte: Epoca Negocios