Um estudo realizado no início de 2023 pela plataforma online Coursera mostrou que menos da metade dos graduados no Reino Unido utilizam as competências que aprenderam na faculdade quando entram no mundo do trabalho.
Apesar de existir um movimento fora do Brasil que defende a especialização de outras formas, por aqui o diploma de ensino superior ainda é muito valorizado e, na maioria das vezes, obrigatório para exercer determinadas profissões. Mas, afinal, vale a pena cursar uma graduação em 2024?
Por que ingressar no ensino superior em 2024?
É claro que ainda existem muitas vantagens em fazer uma faculdade. Para muitos jovens, o ensino superior representa a oportunidade de adquirir conhecimento especializado. Mas essa fase também é importante na construção de uma carreira e inserção no mercado de trabalho.
Há também o sonho da graduação. Em muitos casos, ser o primeiro da família a ingressar em uma instituição do ensino superior (IES) é motivo de orgulho e uma forma de abrir caminhos para futuras gerações.
Esses já são motivos importantes para fazer um curso superior em 2024. Mas ainda há outros:
Oportunidade de networking
O ambiente acadêmico gera oportunidades valiosas para desenvolver habilidades, conhecer pessoas e construir relacionamentos, tanto sociais quanto profissionais. Uma boa rede de contatos faz toda a diferença na hora de iniciar uma carreira.
Mais chances de conseguir emprego
Principalmente no Brasil, muitas empresas exigem que os funcionários tenham curso superior. Contar com uma graduação no currículo abre portas no mercado e ainda aumenta as chances de conseguir uma promoção ou salário mais alto.
Carreira profissional
Fazer um curso superior possibilita escolher áreas de atuação de interesse e seguir se especializando e investindo em uma carreira.
Crescimento pessoal
O ambiente acadêmico proporciona experiências que vão muito além das competências técnicas dos cursos. Ao longo da faculdade, é possível desenvolver o pensamento crítico, aprender a trabalhar em equipe, ter autonomia e outras habilidades socioemocionais cada vez mais necessárias no mercado de trabalho.
O que pensam os jovens?
Uma pesquisa feita pelo Instituto Semesp, em parceria com a Worklaove, mostrou que 80% dos jovens pretendem ingressar em uma IES em 2024. A quinta edição do estudo “O que os Alunos Realmente Pensam sobre o Ensino Superior” entrevistou 1.542 estudantes de todo o Brasil, sendo que 79% deles tinham até 24 anos de idade.
O levantamento também revelou que 40% dos jovens desejam contar com uma formação superior para conseguir emprego na área de atuação desejada. Já 26% disseram buscar na graduação uma mudança de vida.
Outra informação interessante é que 66,5% dos entrevistados preferem a modalidade presencial de graduação. E 97% dos jovens concordam que a educação é um meio de ascensão social, mas muitos enfrentam a barreira financeira para concretizar esse objetivo. Cerca de 33% dizem precisar de uma bolsa de estudo para conseguir ingressar na faculdade.
O Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das principais formas de acesso à educação superior no país. Ele é adotado por diversas IES como critério de seleção para ingresso em cursos de graduação. O Enem também é usado em programas federais de acesso ao ensino superior, como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e o Programa Universidade para Todos (Prouni).
É por isso que a nota do exame é considerada tão importante para os jovens que querem ingressar no ensino superior. De acordo com a pesquisa do Semesp, aproximadamente 65% dos entrevistados só vão decidir sobre entrar na faculdade após a divulgação dos resultados do Enem. Além disso, 58,4% optarão por uma instituição privada apenas se não conseguirem vaga em uma IES pública.
Qual curso fazer?
A pesquisa também evidenciou que 28% dos entrevistados buscam graduações na área da Saúde, enquanto 17% têm interesse em Negócios, Administração e Direito. Já 13% almejam ingressar em cursos de Computação, Tecnologia da Informação.
A tendência é que, com a crescente oferta de oportunidades de emprego na área de Tecnologia, os jovens direcionem cada vez mais seus estudos para cursos desse segmento.
Fonte: Desafios da Educação