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Especialistas listam características da universidade do futuro

R1

Em um cenário de aceleradas transformações tecnológicas, olhar para o presente não basta. No ensino superior é preciso uma mentalidade inovadora para gerir as instituições de ensino de modo a alcançar resultados satisfatórios também no amanhã. Para pensar a universidade do futuro, a PUC-Campinas reuniu um grupo de especialistas do setor e do mercado que listaram as características dessa IES inovadora. 

Antônio José de Almeida Meirelles, ex-reitor da Unicamp, esteve presente no segundo dia do seminário A universidade do futuro e o futuro da universidade. Em sua fala, Meirelles destaca a necessidade de investir na permanência dos estudantes nas universidades e na garantia de uma inclusão efetiva no corpo discente. Para o profissional, a produção científica também deve ser pensada para trazer benefícios à sociedade brasileira de maneira mais próxima. “A universidade já está gerando, mas a universidade do futuro deve gerar conhecimento, produtos e serviços inovadores em maior escala. Tem que ser capaz de fazer com que esses produtos e serviços atendam às necessidades da população. Fazer publicações que impactem no mundo, mas que atendam as necessidades do nosso sistema de saúde”, exemplifica.

“Devemos formar pessoas com muita qualidade, mas pessoas que estejam ligadas às demandas do Brasil. Hoje um problema que o nosso país tem é a perda de cérebros para o exterior. Os brasileiros são bons em ciência e tecnologia, valorizados externamente. Temos que gerar oportunidades para que essas pessoas se mantenham aqui e ajudem no desenvolvimento do país”, acrescenta Meirelles.

Paulo José Pereira Curado, diretor de tecnologia e inovação da organização CPQD, fala sobre a necessidade de levar inovação para todas as áreas. “Temos desafios tecnológicos imensos e esses desafios levam a soluções. Uma solução será composta de tecnologia, por outro lado é preciso ver se ela está sendo usada de maneira ética, se o modelo de negócio é sustentável ou se atende à legislação. Começamos a ter soluções onde as ciências sociais e as humanidades, junto à tecnologia, fazem a inovação. Precisamos de pessoas da área de humanas pensando em como fazer a inovação.” 

Em sua participação no seminário, Marisa Dutra Rodrigues Rizzi, gerente de pesquisa e inovação no laboratório Cristália chama a atenção para a necessidade de maior integração do ensino superior com o básico. “Para que tenhamos pessoas com interesse em ingressar na universidade”. Enquanto Eduardo Gurgel do Amaral, presidente da Fundação Fórum Campinas, reflete sobre a influência da universidade no desenvolvimento regional,  ressalta a importância de se trabalhar com o objetivo de consolidar o papel da universidade na qualificação e desenvolvimento territorial como meio permanente de aumento da competitividade e da qualidade de vida.

O reitor da PUC-Campinas, Germano Rigacci Júnior, destaca que fundamentalmente, neste momento, a universidade deixa de ficar autorreferenciada para se abrir à escuta. Para ele, entender a percepção de futuro no ponto de vista de outros profissionais é um caminho para compreender os desafios que a universidade deve considerar desde já. “Estamos avançando em várias frentes e o que ouvimos [ao longo do evento] se alinha a alguns projetos que já começaram a ser implementados na universidade”, comenta. 

O seminário aconteceu nos dias 7 e 8 de maio. Convidada pela instituição para acompanhar o evento, a Ensino Superior esteve em Campinas no segundo dia do encontro. 

Fonte: Revista Ensino Superior