<img height="1" width="1" style="display:none;" alt="" src="https://px.ads.linkedin.com/collect/?pid=3063137&amp;fmt=gif">

Para onde vamos?

R1

Por Nivio Lewis Delgado, presidente da Fundacred

Celebrar 53 anos permite lembrar o que foi feito e ter coragem de perguntar, com
honestidade: o que ainda precisa ser feito?

O que nos move, a partir do que já conquistamos, é o que ainda precisa ser construído. A inquietação que nos constitui vem da atenção permanente aos sinais do presente, às
lacunas, às perguntas não respondidas. Há um senso de urgência silencioso — aquele que só sentem os que sabem que o futuro já está sendo decidido agora.

Esse meio século de trabalho nos tornou aptos a prosperar em um mundo de
transformações sucessivas — sociais, tecnológicas, climáticas. Seguimos atentos não
apenas ao que muda, mas ao que isso exige de nós. Porque uma fundação independente como a nossa não se define apenas pelo seu patrimônio social, mas pelo que viabiliza. E para servir bem, é preciso perceber antes, com nitidez, os contornos das ameaças e a potência das oportunidades.

Quando se escolhe servir, a escuta deixa de ser pontual, passa a ser prática contínua e
generativa. E é daí que nasce, todos os dias, a pergunta que nos move: para onde vamos?

Nosso futuro

Atravessar a marca dos 50 anos foi mais do que uma celebração. Foi um ponto de inflexão. A partir dali, passamos a ocupar-nos, com intencionalidade ainda mais clara, de projetos, hipóteses e achados que nos conduzam, de forma sustentável e coerente, ao nosso centenário institucional. O que estamos construindo agora não é apenas para os próximos anos — é para as próximas gerações.

Nos últimos dois anos, essa postura ganhou contornos ainda mais nítidos. Intensificamos nosso compromisso de perceber, a cada instante, como podemos ser melhores para pessoas e organizações que acreditam na educação como veículo de mobilidade social. Desse impulso nasceu o movimento Fundacred 360° — mais que uma diretriz estratégica, uma prática contínua. Uma forma de atuar em três tempos simultâneos: resgatando o passado com gratidão, respondendo ao presente com eficácia e construindo o futuro com intencionalidade.

Esse futuro já está em curso. Mas exige escolhas difíceis, coragem institucional e um pacto coletivo com o que realmente importa.

Sabemos que os desafios da educação não são apenas financeiros. São culturais, sociais, simbólicos — são, por natureza, humanos e estruturais. O desalento educacional como ausência de vitalidade, o equivocado, porém real, desprestígio que uma geração está desenvolvendo em relação à educação formal, a ansiedade vocacional, a evasão acadêmica, a exclusão digital — tudo isso exige de nós muito mais do que crédito. Exige visão, alianças, inovação e, acima de tudo, escuta. Escuta viva, presente, que convida à cocriação de futuros possíveis com quem também deseja transformar — para melhor — este único mundo que compartilhamos.

Presença que antecede o futuro

Esse futuro já está em curso. Estamos estruturando soluções que permitirão a comunidades, territórios e coletivos apoiar integralmente seus estudantes — com continuidade, pertencimento e eficácia que faça sentido de dentro para fora.

Estamos desenvolvendo plataformas inteligentes, como o Beta-i, baseadas em marcadores e contextos reais, para qualificar decisões das comunidades acadêmicas e institucionais, com dados confiáveis e sentidos compartilhados.

Estamos investindo em soluções inovadoras em educação, saúde emocional e
trabalhabilidade — com foco real em inclusão produtiva e impacto positivo nos ambientes acadêmicos.

E, acima de tudo, seguimos cuidando das nossas pessoas — porque é nelas que habitam a escuta, a sensibilidade e a inteligência que tornam tudo isso possível, todos os dias.

Os próximos 50 anos

O futuro nos desafia a sermos ainda mais presentes, ágeis, conectados e relevantes.
Mas sem jamais perder o que nos faz únicos: a integridade, a escuta verdadeira, a
confiança construída ao longo de décadas e a coragem de seguir sem fins lucrativos em um mundo onde, quase sempre, o resultado é capturado pela lógica de possuir — e não pela escolha de servir, cuidar com precisão e respeitar “o tempo das coisas”.

Vamos preservar nosso “jeito Fundacred” — institucional e humano, técnico e sensível,
inovador e fiel às origens.

E transformar tudo o que precisar ser transformado para seguir sendo uma força concreta na vida de quem precisa de oportunidades.

Nos próximos 50 anos, queremos expandir o reconhecimento que já conquistamos como a gestora de crédito educacional mais confiável e tradicional do país, tornando-nos também uma aliada decisiva na inclusão produtiva de milhões de brasileiros.

Queremos estar cada vez mais presentes na construção de políticas públicas, impulsionar parcerias intersetoriais, qualificar o debate sobre financiamento e apoio integral aos estudantes e abrir caminhos para trajetórias educacionais mais equânimes, diversas e sustentáveis.

Nosso porquê e para onde

A Fundacred será sempre tão forte quanto nossa capacidade de honrar o propósito que nos trouxe até aqui — e de construirmos juntos o futuro que queremos ver acontecer.
O futuro que queremos não virá pronto — ele será tecido coletivamente, em cada escuta, cada escolha, cada passo.

Para onde vamos?

Para onde decidirmos chegar juntos.

Celebrar os 53 anos da Fundacred é, por si só, uma primeira escolha: afirmar com confiança e responsabilidade o compromisso que nos trouxe até aqui — e que seguirá nos guiando.

Parabéns, Fundacred.

Obrigado a quem constrói esse presente e esse futuro.

Vamos juntos?