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Taxa de desemprego cai a 6,8% e é a menor da série do IBGE

R1

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,8% nos últimos três meses até julho, marcando o menor nível para o período desde o início da série histórica da PNAD Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre fevereiro e abril, a taxa recuou 0,7 ponto percentual (pp).

Já no confronto com o mesmo período de 2023, a queda foi de 1,1 ponto. O resultado ficou em linha com o esperado por economistas consultados pela Reuters.

Segundo o IBGE, a população desocupada caiu para 7,4 milhões. Trata-se do menor número de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

Por sua vez, a população ocupada somou 102 milhões, o que também representa um novo recorde da série histórica iniciada em 2012. Além disso, é o maior nível de ocupação para um trimestre encerrado em julho desde 2014.

Houve crescimento em ambas as comparações: +1,2% (ou 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e +2,7% (ou 2,7 milhões de pessoas) em base anual.

Já o rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre até julho ficou estável em relação ao período anterior, em R$ 3.206. Em base anual, porém, houve uma alta de 4,8%. Por fim. a massa de rendimento real habitual somou R$ 322,4 bilhões, com altas de 1,9% no trimestre e de 7,9% no confronto anual.

Para o economista André Perfeito, os dados são bons e reiteram o otimismo com a atividade agregada. “No entanto….vivemos aquele período onde ‘a notícia ruim é que está bom'”, diz. Segundo ele, os dados de hoje da Pnad devem reiterar a perspectiva do mercado de alta da taxa Selic em setembro.

Recentemente, o Banco Central (BC) tem reiterado a surpresa com o vigor da atividade econômica, evidenciado pela força do mercado de trabalho. A comunicação recente da autoridade monetária destaca que o emprego tem dinamismo maior do que o esperado.

Além disso, nesta semana, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, apontou que já há sinais – “ainda incipientes, mas mais claros” – de que a situação do emprego no país possa resultar na transmissão de alta nos preços de serviços “de uma forma mais prolongada”.

Fonte: Forbes