ESG na tecnologia: três dicas de ações para incluir no planejamento 2024
Levantamento realizado pela Fundación Solidaria, Instituto de Responsabilidade Social da multinacional de tecnologia Softtek, aponta três dicas de ações que estão ganhando cada vez mais espaço na agenda ESG de empresas de tecnologia.
“Ao longo do ano de 2023, seguimos comprometidos em fortalecer nossos compromissos de ESG a partir do desenvolvimento de ações reais que demonstram o compromisso da empresa com esta pauta. O que alcançamos não é greenwashing, e sim resultados capazes de promover mudanças sociais para as pessoas que participam de nossas iniciativas”, explica Miguel Garcia, country manager da Softtek Brasil.
A seguir, seguem três as iniciativas desenvolvidas pela Softtek e Fundación Solidaria em 2023, que podem servir de inspiração para outras empresas de tecnologia que buscam adotar abordagens semelhantes.
Parcerias Institucionais
O estabelecimento de parcerias institucionais é uma estratégia eficaz para ampliar o impacto social e ambiental.
Segundo a Fundación Solidaria, o princípio de toda iniciativa de ESG é trabalhar em colaboração, visando o incentivo às parcerias e a promoção de boas práticas sociais e ambientais para criar um ambiente mais sustentável e justo.
“Unir organizações de diferentes tamanhos e setores é uma abordagem inclusiva que pode ampliar o alcance e a eficácia das iniciativas. Por isso, buscamos atuar em colaboração com organizações sem fins lucrativos, que já possuem um trabalho consolidado e reconhecido, possibilitando assim que nossa parceria possa fortalecer sua atuação social”, explica Miguel.
Para promover uma agenda de educação ambiental e mobilização social, em 2023, uma das ações realizadas pela Softtek foi o programa Make a Difference Day (Dia de Fazer a Diferença) com a participação de colaboradores e apoio técnico de entidades como CES Carapicuíba (São Paulo), Instituto Aqualung (Rio de Janeiro) e Nossa Iracema. Entre as atividades promovidas, estão:
- Oficinas de kokedama para o plantio e cultivo de mudas de orquídeas, construção de ninho isca para abelhas sem ferrão e a realização de uma trilha ecológica no município de Carapicuíba (SP);
- Mutirão de limpeza que coletou 60kg de resíduos descartados de forma irregular na Praia do Flamengo (RJ). Os resíduos foram posteriormente encaminhados para uma cooperativa de reciclagem apoiada pelo Instituto Aqualung;
- Mutirão para coleta de resíduos na Praia de Iracema (CE), com o objetivo de preservar a vida marinha. Além da coleta de 40kg de resíduos descartados de forma irregular no local, o mutirão também se tornou uma ferramenta de educação ambiental, por meio da qual os voluntários foram conscientizados sobre maneiras adequadas de descarte e práticas mais sustentáveis.
Iniciativas de Economia Circular
A adoção de práticas de economia circular destaca o compromisso com a sustentabilidade ambiental.
Afinal, adotar práticas de economia circular promove a redução do desperdício, a reciclagem de materiais e a promoção de modelos de negócios que minimizem o impacto ambiental.
Nesse sentido, nos últimos anos, em parceria com sua equipe de TI, a Softtek tem realizado a seleção e organização de equipamentos que estavam em desuso, como monitores, CPUs, teclados, mouse, sucata de notebook, projetor, celular, entre outros. Esses equipamentos foram destinados a projetos sociais, como os promovidos pela InfoPreta – primeira empresa especialista em tecnologia no Brasil que tem por objetivo inserir pessoas negras, LGBTQIAP+ e mulheres no mercado de tecnologia.
Construção de centros de tecnologia
Apesar dos avanços nos últimos anos, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que o Brasil tem cerca de 23,8 milhões de excluídos digitais, que representam 12,8% da população com 10 anos ou mais de idade.
Diante desse cenário, a construção de centros de tecnologia em comunidades afastadas dos grandes centros desempenha um papel crucial na promoção do acesso e da inclusão digital, no fortalecimento das habilidades digitais, no estímulo ao empreendedorismo e na melhoria da qualidade de vida das pessoas.
“Para também incentivar os estudantes de escolas públicas a ingressarem no segmento de TI, nós da Softtek firmamos uma parceria com a Zilor e ONG Meu Futuro Digital para criação de um espaço de inovação e tecnologia na Escola Estadual Francisco Balduino de Souza (Chiquinho), localizada no município Quatá, Noroeste de São Paulo. Além disso, também apoiamos o projeto com a formação da equipe técnica de professores e gestores para o uso de tecnologias aplicadas às práticas educacionais”, conta Miguel.
Inaugurado em março de 2022, o espaço segue em funcionamento, sendo utilizado por cerca de 900 alunos matriculados no ensino fundamental e médio da escola.
Além disso, em breve, estão previstas inaugurações de mais dois centros tecnológicos financiados pela Softtek, um localizado na Cidade Tiradentes, na capital paulista, e outro no Rio de Janeiro.
“A construção de centros de tecnologia pode ajudar a reduzir a desigualdade digital, facilitando o acesso a recursos tecnológicos e oportunidades educacionais e, assim, diminuindo a grande lacuna digital que temos em nossa sociedade. Além disso, os centros podem ainda servir como fonte de desenvolvimento social ao oferecer oportunidades de aprendizado e habilidades digitais, como programas de alfabetização digital, empreendedorismo, cursos de programação, design gráfico, marketing digital e muitos outros, incentivando a inovação e o crescimento econômico nas comunidades”, completa Miguel.
Fonte: Gazeta da Semana